quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Terra tem um núcleo

Uma outra grande dificuldade na Geologia de 10º ano diz respeito à descontinuidade de Gutenberg. E quando o assunto mete "zonas de sombra", por vezes faz-se uma enorme sombra de dúvidas na aula.


Da análise da figura que represen­ta a variação da velocidade das ondas P e S no interior do Globo terrestre, podemos reti­rar mais algumas conclusões.

A análise da velocidade das ondas S per­mite-nos dizer o seguinte:
• A velocidade das ondas S não é constan­te no interior do Globo, pelo que não há homogeneidade na sua composição.
• A velocidade das ondas S aumenta em profundidade, exceptuando entre os 100 e os cerca de 200 km de profundidade, em que sofre uma diminuição da sua velocida­de. Este facto significa que a rigidez do material diminuiu, mas sem se anular.
• A velocidade das ondas S, entre os 300 e os 2900 km de profundidade, aumenta muito lentamente.
• A velocidade das ondas S, aos 2900 km de profundidade, anula-se, isto é, as ondas S deixam de se propagar, o que significa que a rigidez do meio é nula, concluindo-se que o núcleo externo se apresenta no estado líquido.
• A velocidade das ondas S é menor do que a velocidade das ondas P.
A análise da velocidade das ondas P permite-nos dizer que:
• A velocidade das ondas P segue o mesmo padrão de comportamento das ondas S até aos 2900 km de profundidade.
• Aos 2900 km de profundidade, as ondas P sofrem um brusco e grande decréscimo da velo­cidade, o que vem confirmar a hipótese da existência de um núcleo externo líquido, a esta profundidade.
• Aos 5150 km de profundidade, a velocidade das ondas P sofre um acréscimo, o que signifi­ca que o material constituinte do núcleo interno se encontra no estado sólido, facto que fez aumentar a rigidez dos materiais e, por isso, a velocidade das ondas.

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