segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sismologia

Os sismos ou tremores de terra são vibrações que se propagam através das rochas e cuja ocorrência está, habitualmente, associada a causas tectónicas e aos limites de placas tectónicas.
Podem ser precedidos de tremores menos intensos — abalos premonitórios — e seguidos de outros, também mais fracos, denominados réplicas.

Nos sismos tectónicos, as vibrações formam-se por concentração e posterior libertação de tensões acumuladas em certos segmentos de falhas activas, através de um mecanismo conhecido por ressalto elástico.
As ondas sísmicas propagam-se a partir da origem — o foco ou hipocentro —, em todas as direcções e segundo trajectórias correspondentes a raios sísmicos, acabando por chegar à superfície, onde são sentidas, em primeiro lugar e com mais intensidade, no epicentro, situado na vertical do foco.
As ondas sísmicas formadas no foco são de dois tipos: longitudinais e transversais.
As primeiras causam vibrações, segundo a direcção de propagação, e chegam mais cedo à superfície: são conhecidas por ondas P. As ondas S são transversais e, por isso, mais lentas.

As ondas superficiais, formam-se em consequência da chegada à superfície das ondas interiores.

Os sismógrafos são os aparelhos que produzem os registos sísmicos — sismogramas. A análise dos sismogramas caracteriza os sismos, permitindo, nomeadamente, a determinação da distância epicentral e da magnitude.

A magnitude exprime a quantidade de energia libertada no foco. A intensidade avalia os danos. As escalas mais conhecidas de magnitude e de intensidade sísmicas são, respectivamente, a de Richter e a de Mercalli internacional.
O risco sísmico, em Portugal continental, está relacionado com a sua proximidade à fronteira entre as placas euro-asiática e africana e com a actividade de falhas localizadas a sudoeste, no fundo do mar. Existem falhas activas espalhadas por todo o território.
Os Açores encontram-se na junção das placas euro-asiática, africana e norte-americana, e, por isso, são uma região de grande instabilidade.

Os tsunamis são a mais perigosa consequência dos tremores de terra cujo epicentro se situa no fundo do mar.

As medidas mais eficazes de protecção contra sismos são a não ocupação de zonas de risco e a construção anti-sísmica.

Na previsão sísmica, a vigilância de falhas activas e os dados da Sismicidade histórica revelam-se de grande importância.

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