domingo, 15 de maio de 2011

Hematose Pulmonar

Hematose pulmonar: uma solução no ambiente terrestre

Os pulmões assemelham-se a sacos de ar e constituem superfícies respiratórias internas muito vascularizadas que surgiram há cerca de 450 M.a. por invaginação da superfície do corpo. Nos Vertebra­dos os pulmões são uma rede mais ou menos complexa de tubos e sacos que varia com as espécies.


Os Anfíbios têm pulmões cuja estrutura varia desde sacos de paredes finas em algumas salamandras até estruturas mais compar­timentadas nas rãs. A superfície total para as trocas gasosas é muito maior nos pulmões dos Répteis do que nos Anfíbios, pois encon­tram-se subdivididos em numerosos compartimentos que se ligam entre si. Os pulmões mais complexos são os dos Mamíferos, que são formados por uma rede complexa de milhões de alvéolos.

Filogeneticamente, no sistema respiratório dos Anfíbios, Répteis e Mamíferos pode verificar-se:

  • um aumento da compartimentação dos pulmões, o que faz au­mentar a área da superfície respiratória por unidade de volume do pulmão;
  • uma maior especialização do sistema de ventilação;
  • um aumento de eficiência na circulação sanguínea.
Os sacos aéreos presentes no sistema respiratório das Aves, para além de permitirem uma eficaz ventilação, implicam ainda outras vantagens:

  • diminuem a densidade da ave;
  • ajudam a dissipar o calor resultante do metabolismo, sobre­tudo ao nível dos músculos, durante o voo;
  • constituem reservas de ar enquanto o animal voa.
Nos Mamíferos os pulmões estão localizados na caixa torácica e são constituídos por alvéolos pulmonares dispostos em torno dos duetos alveolares que se ligam aos bronquíolos. É nos alvéolos que se dá a hematose. Em termos filogenéticos, a principal limitação para o progressivo aumento da área da superfície do epitélio pul­monar ocorreu devido às dificuldades na ventilação pulmonar.
Na inspiração o ar entra através das vias respiratórias até aos alvéolos, onde ocorre a hematose. Depois, o ar expirado segue um trajecto inverso.
A ventilação não é contínua mas sim faseada. Além disso, no Homem os pulmões não enchem e esvaziam completamente em cada ciclo respiratório.

Devido a esta ventilação "incompleta", após a expiração fica retida nos pulmões uma certa quantidade de ar, ar residual. O ar que chega do exterior através da inspiração mistura-se com o ar residual, o que baixa a eficiência das trocas gasosas.


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