As plantas fazem a absorção da água e sais minerais necessários ao seu desenvolvimento através do seu sistema radicular, que por esse motivo é permeável (não apresenta cutícula), muito ramificado e cuja área é aumentada através da presença de pêlos absorventes.
A raiz é constituída por um conjunto de células que entre si se mantêm, geralmente, isotónicas; no entanto, em relação ao meio elas estão hipertónicas. Significa isto que não existe equilíbrio entre os dois meios, e tendendo a natureza para o equilíbrio vai ocorrer uma movimentação de substâncias por forma a equilibrar os dois meios. Sendo a solução do solo hipotónica em relação às células epidérmicas, significa que esta possui uma menor concentração de solutos, maior potencial hídrico e menor pressão osmótica do que as células epidérmicas. A água da solução do solo começa então a movimentar-se para o interior das células. A entrada desta água nas células diminui-lhes a sua concentração e aumenta-lhes o seu volume celular, ficando estas células túrgidas. As células epidérmicas sofrem então um aumento da pressão de turgescência e do potencial hídrico, baixando a sua pressão osmótica. A entrada de água para as células epidérmicas destruiu a isotonia existente entre as células radiculares, tendo ficado as células epidérmicas hipotónicas em relação às células parenquimatosas corticais. Inicia-se então novamente a movimentação de água da epiderme (hipotónica) para as células parenquimatosas (hipertónicas) e assim sucessivamente até se atingir o xilema, no cilindro central.
Relativamente aos sais minerais, o tipo de transporte que vão sofrer depende da sua concentração na solução do solo. Se o ião está em maior concentração na solução do solo este movimenta-se por difusão simples, porém, se o ião está em menor concentração na solução do solo o seu transporte é efectuado por transporte activo, gastando-se por isso energia no seu transporte. A entrada destes iões vai aumentar a concentração de soluto nestas células epidérmicas, pelo que a água da solução do solo, osmoticamente, movimenta-se novamente para estas células. O transporte activo dos iões desde a epiderme até ao xilema cria um gradiente osmótico, podendo dizer-se que a absorção ao nível da raiz se efectua segundo uma pressão osmótica crescente.