Muitos animais endotérmicos e alguns exotérmicos conseguem fazer variar diferencialmente o volume sanguíneo que circula no núcleo do corpo e na sua periferia. Este facto está relacionado com a capacidade de vasoconstrição e vasodilatação dos vasos sanguíneos, despoletada por sinais nervosos que relaxam os músculos das paredes destes vasos.
Um outro mecanismo envolvido nas transferências de calor em seres vivos é conhecido por contracorrente. Este mecanismo é particularmente evidente em seres vivos endotérmicos marinhos, onde o meio aquático implica, normalmente, o contacto constante com temperaturas inferiores às necessidades funcionais de alguns órgãos do organismo.
A proximidade física entre artérias e veias possibilita permutas de calor. Regra geral, este mecanismo é utilizado para aprisionar calor nas zonas mais internas do corpo e para diminuir as perdas de calor pelas extremidades. No entanto, estudos efectuados em golfinhos machos revelaram que este animal utiliza o mesmo mecanismo para arrefecer as gónadas internas, isto é, os testículos.
Os animais endotérmicos, como o golfinho, controlam a sua temperatura corporal, produzindo ou perdendo calor. Este facto está intimamente relacionado com a variação da sua taxa metabólica.